EL CIRQUE DU BRASIL

   Não é novidade que os indíces de criminalidade no Brasil nos últimos anos tem aumentado significavelmente. Segundo o site R7, os mais cometidos são roubo, tráfico e homícidio. Apesar de não estar na lista, o estupro superou o número de homicídios dolosos, de acordo com pesquisa realizada pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública em 2012.    
   Em termos de lei, estuprar é constranger alguém mediante violência, ou seja, o ato sexual não consentido, sendo crime hediondo levando o praticante a uma pena de 6 a 10 anos de reclusão, podendo a pena ser ainda maior se houver lesão corporal, se a vítima for menor de idade ou se o ato resultar em morte. 
Imagem da internet
   O tópico veio a tona depois da polêmica após a divulgação dos dados da pesquisa do IPEA que diz que 65% dos entrevistados acredita que mulheres que se vestem de forma "provocativa" merecem ser atacadas, o que causou indignação geral. Apesar de logo depois o IPEA anunciar erro na pesquisa, corrigindo-a afirmando que na verdade 26% dos entrevistados pensava assim, o fato de terem pessoas pensando desta forma ainda é chocante.
   A razão é óbvia, estupro é um crime gravíssimo que causa danos psicológicos e físicos à vítima, desta forma, acreditar que uma mulher que usa determinada roupa merece sofrer esses danos é tão ignorante quanto dizer que um homem que anda sem camisa merece morrer. É só ser um pouquinho sensato, para poder concluir que não é a maneira com que a pessoa se veste que a faz merecedora um crime de tamanha gravidade.
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    A verdadeira justificativa para os absurdos índices deste crime cometido no país é a falta de senso do governo e das autoridades. Ao invés de promoverem campanhas nacionais e mundiais contra o estupro, investirem em profissionais qualificados nos sistemas públicos, como psicólogos e psiquiatras, pra identificar pessoas com tendência a cometer o ato e tratá-las, instruí-las; as autoridades tratam de sugerir a população que se previna com dicas de defesa pessoal, que mude o trajeto de casa, que mude suas vestimentas... Enfim, que se adapte, abra mão da sua liberdade, em função dos criminosos a solta.
Imagem da internet 
    Imaginem um circo - não encontro definição mais apropriada para o nosso país hoje: um circo onde nós somos os expectadores de um espetáculo comandado por palhaços - Imaginem que neste circo, os leões são os estupradores e as vítimas, são expectadores. Ao invés de ensinar os expectadores a se defender, não seria mais adequado "domar" os leões e deixar com os expectadores continuem suas vidas em segurança e liberdade? 
    É clichê, mas pelo visto muita gente ainda não percebeu que o problema é que vivemos numa sociedade em que dizem "NÃO SEJA ESTUPRADA" ao invés de dizer "NÃO ESTUPRE." 


Dog alemão prevê ataques epiléticos de menina na Irlanda

   Não é a toa que o cachorro é chamado melhor amigo do homem. Segundo uma família irlandesa, seu cão de estimação, Charlie, tem ajudado a cuidar da filha portadora de epilepsia, Brianna, “alertando-os” até 20 minutos antes que a menina tenha uma crise.
   É correndo ao redor da menina que o dogue alemão, chama atenção da família minutos antes de Brianna ter um ataque, o que foi percebido pela família há anos atrás. "Eu fui para o quintal um dia e ela estava tendo uma convulsão. Estava encostada na parede, inclinada sobre (o cachorro), que olhava para mim como se dissesse: 'Eu não sei o que fazer'. Mas ele ficou ao lado dela, não se moveu", lembra Scanlan, mãe da menina, que conta também que desde então o cão não sai de perto dela e sempre a encosta contra alguma superfície para que ela tenha apoio quando está prestes a convulsionar.
   Caracterizada por desordens neurológicas que geram descargas elétricas anormais nos hormônios, podendo causar convulsões traumáticas (como estado de transe profundo) ou convulsões violentas (quedas que podem gerar traumas físicos), a epilepsia afeta 3% da população mundial por ano.
   Cientificamente falando, há estudos que demonstram que cães podem ser treinados para “farejar” cânceres e detectar baixos níveis de açúcar no sangue em pacientes com diabete, mas até então não existem provas científicas de que eles sejam capazes de prever tais acontecimentos em humanos.

Saiba mais em BBC News

Dispositivo criado no Japão promete enviar “cheiros” através do celular

   Já pode mandar o tio engraçadão parar com a piada do “passar perfume para a foto” porque a partir no mês que vem, uma empresa japonesa lançará um dispositivo que, anexado ao iPhone será capaz de emitir cheiros para acompanhar mensagens/imagens via celular.
   A ideia não é recente, uma vez que 1960 um sistema chamado Smell-O-Vision foi designado para a emissão de cheiros durante projeção de um filme, mas não obteve sucesso e acabou sendo deixado para trás. Retomadas as pesquisas, um grupo de cientistas adaptou o projeto para transmissão via celular.
   Batizado de Scentee, o dispositivo possui uma série de cartuchos especiais com odores específicos que podem ser combinados para a criação de outros cheiros.
   De acordo o criador do projeto, professor de computação da City University London, Adrian Cheock, o dispositivo poderá aproximar os fãs de seus ídolos. “Imagine, por exemplo, seu músico preferido lhe enviar uma mensagem de celular com um cheiro junto”.
   Ainda não existem previsões quanto ao preço do produto, mas para os fanáticos por tecnologia, é interessante já começar a preparar o bolso.

Condenado à morte, iraniano sobrevive a enforcamento

   A história é um tanto engraçada e aconteceu no Irã na última semana. Condenado à morte por tráfico de drogas, Alireza M. de 37 anos tinha execução marcada para quarta-feira. O que surpreendeu foi o fato de o réu ter passado pela forca e ser declarado morto depois de 12 minutos do enforcamento.
    Foi então no necrotério, durante a visita da família para a preparação do corpo que os parentes perceberam que ele estava respirando. Às pressas, o criminoso foi encaminhado ao hospital onde recebeu cuidados. Vigiado 24 horas em segurança máxima, ele aguarda sua recuperação total para que assim, cumpra com a sua sentença.

 Mais em Uol Notícias

Ofurô para bebês - Propriedades terapêuticas do "banho de balde"

 Com o objetivo de proporcionar ao bebê um momento de conforto, relaxamento e analgesia, obstetras e enfermeiras criaram o ofurô, uma banheira terapêutica capaz de transmitir aos recém nascidos a mesma sensação do útero materno.
  O bebê deve ser encaixado no fundo da banheira (que mais parece com um balde) como se estivesse sentado. A água, deve ter a temperatura de aproximadamente 37º e deve cobrir, no máximo até o ombro do bebê após ele entrar completamente no ofurô. É imprescindível que o a criança não flutue na água e que tenha alguém supervisionando o procedimento.
Vendidas a preços que variam entre 80 e 120 reais,
as banheiras ofurô especializadas para bebês,
possuem apoio e antiderrapantes para o conforto
e segurança durante o banho.
  A sugestão dos especialistas, não é que este método seja aplicado para a higienização do bebê, pois com a posição, torna-se difícil limpá-lo e higienizá-lo. Assim, recomenda-se que pela manhã, seja dado na criança um banho normal em uma banheira comum e a noite, alguns minutos antes de dormir, seja colocado no ofurô sem uso de produtos químicos, apenas para relaxar.
  Segundo o pediatra e neonatologista Carlos Eduardo Correa, o banho de ofurô não possui contraindicação "O banho só traz benefícios para a criança e é um grande estímulo pela relação que o bebê tem com a água", afirma.
  O método tem obtido eficácia e reconhecimento no mundo inteiro e é recomendado para nenéns de 0  a 6 meses, o banho acalma a criança e proporciona uma noite de sono tranquila, de acordo com pesquisas realizadas.


Recém descobertos - Conheça "novos" habitantes do planeta

     Com quase 9 milhões de espécies catalogadas no mundo, há muitas a se descobrir. O resultado dos "novos" animais, é decorrente da mutação genética sofrida dentro das espécies, algo que ainda se estuda e muito se pesquisa pelo mundo todo. A cada ano, novas espécies são encontradas e catalogadas por pesquisadores e biólogos. Em sequência, confira as 5 mais legais!

CRYSTAL FROG

Entre o Peru e o Equador, uma expedição de cientistas foi responsável pela descoberta de várias espécies, entre elas, o "Sapo de cristal". Por ter a pele transparente, torna-se possível ver os órgãos internos do animal em funcionamento. 

RAIA ONÇA

A Himantura tutul, nome dado por cientistas franceses, pode chegar até 1,5 metro de largura e 4 metros de comprimento. Além de venenosa, tem uma estampa interessantíssima semelhante a de um leopardo.



RAPAZINHO-ESTRIADO-DO-OESTE

Encontrado no oeste do rio Madeira, na Amazônia, a ave recebe nome científico em homenagem ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama: Nystalus obamai.

LÊMURE-ANÃO LAVASOA

Quem nunca assistiu a animação Madagascar? O filme conta com animais falantes e fascinantes, encontrados na ilha; dentre eles, um lêmure que se destaca entre os protagonistas do filme. Encontrada nas Montanhas Lavasoa, a espécie Cheirogaleus lavasoenis (bem diferente da que é mostrada no filme) é raríssima, possuindo apenas 50 representantes. Os animais têm hábitos noturnos e preferem ambientes úmidos.

OLINGUITO 

Registrado em agosto de 2013, por pesquisadores do Instituto Smithsonian (EUA) o Olinguito (Bassaricyon neblina) o animal vive nas matas da América latina e tem uma aparência parecida com a de um guaxinim, alimentando-se de pequenos insetos e frutas.






Jaqueta do abraço promete beneficiar crianças autistas

   Visando favorecer o bem estar da criança autista, que hoje em dia, é uma entre cada 92, o fundador da empresa Cingapura T-ware, James Teh, desenvolveu uma jaqueta capaz de produzir a sensação de abraço. A invenção funciona da seguinte forma: ao acionar o comando disponível em aplicativo para smartphone ou tablet, câmaras de ar se inflam dentro da jaqueta e proporcionam então o "abraço".
   Segundo Teh, a jaqueta pode reduzir transtornos de aprendizagem uma vez em que as crianças com autismo tendem a reagir de uma forma diferente a novos ambientes, o que pode atrapalhar o seu desenvolvimento. Com o acionamento da função, a criança deve sentir-se menos ansiosa, podendo reduzir suas reações nervosas. Os pais aprovam a tecnologia, considerando que nem sempre podem estar em contato direto com a criança e através da invenção, sua ausência pode ser recompensada.
Parece comum, mas na verdade é o casaco
high tech desenvolvido por James Teh.
   A desvantagem do produto é o seu preço, custa US$ 499, o que equivale a aproximadamente R$1145. A ideia da jaqueta que foi testada com sucesso em escolas dos Estados Unidos e em famílias da Austrália e Cingapura, é também agradar aos adultos que precisem de um abraço e dos efeitos terapêuticos do contato físico. Será que essa moda pega? 

Saiba mais em Daily Telegraph

Sete dias de Francisco

   Eleito em março deste ano, pouco tempo após a renúncia do Papa Bento XVI, o Papa Francisco conquistou o coração dos fiéis e até mesmo aos não adeptos a doutrina católica em função do seu carisma e simplicidade.
   Conforme seu desejo, o franciscano visitou diversas casas de família durante a semana em que ficou no Rio de Janeiro para participar da Jornada Mundial da Juventude, evento que acontece a cada três anos e reúne milhares de pessoas do mundo todo. 
   Além de abrir mão do conforto dos hotéis de luxo de Copacabana, o Papa fez questão de andar em carro popular com vidros abertos e de não se cercar de barreiras ao estar próximo ao povo por acreditar que gente tem que ser tratada como gente, merecendo toque, contato e amor.
   Em seus discursos, insistiu em falar sobre o amor e respeito para com os idosos e da importância da fé na vida cristã. Também trouxe a Igreja como uma mãe que precisa estar próxima para abraçar e amar os seus filhos (tratando-se dos fiéis) justificando assim, o motivo da perda dos seus fiéis.
   Ao voltar-se aos jovens, Papa Francisco os incentivou a praticar o bem na luta contra o mal e não poupou em seus sermões o uso de expressões locais, o que encantou e arrancou sorriso dos espectadores.
   Não faltaram palavras do pontífice contra miséria, pobreza e desigualdade social. O Papa fez questão de ressaltar a importância da humildade e da simplicidade, o que já prega com seu exemplo de vida. Além disso, também acredita que o mundo precisa de união, amor, mudança e revolução.
   Francisco voltou ao Vaticano no dia 28 de julho e já deixou saudades. Sua vinda foi marcada por seu primeiro milagre: fazer com que brasileiros se encantassem com um argentino.

Manifestações públicas - Por trás do que se posta no facebook

   Já começo avisando que este não é um texto informativo como os meus de costume, mas crítico, o que eu não costumo fazer, pra falar a verdade. Mas nos últimos dias, conforme os fatos que tem ocorrido no nosso país e diante de todas as besteiras que eu tenho lido ultimamente, me senti na necessidade de expressar a minha indignação.
   As manifestações, das quais eu acredito que muitos estejam a par, foram iniciadas pelo aumento do preço da passagem de ônibus em R$0,20, fato que impulsou também a reflexão e revolta relacionada à outros fatores. Entre eles, encontram-se os gastos absurdos com os estádios na Copa do Mundo, enquanto não há o investimento necessário em áreas como saúde e educação. 
    Mas a falta de atenção das autoridades em relação a qualidade de vida dos cidadãos brasileiros, não deve ser novidade pra ninguém. A novidade é que agora as pessoas resolveram deixar suas casas para se manifestar, mudar o país! Que lindo! E muitas, infelizmente embaladas pela mídia e divulgação nas redes sociais, têm acreditado em tudo que leem por aí, repassando informações extremamente sensacionalistas, sem a mínima reflexão. 
Policial militar posa com manifestantes 
   Realmente ao buscar por notícias, encontro vários casos em que a polícia veio a agredir manifestantes. Sem dúvidas, não é algo correto, porque a função da polícia seria pacificar e não praticar a violência, mas mais do que isso, o papel deles é conter e não deixar virar zona também. E ao falar conter, não digo reprimir. O problema é que tem muita gente que pensa, que por causa de algumas (gostaria de acreditar que são muitas) dúzias manifestantes realmente comprometidos, todos os que participam desses eventos são centrados e pacíficos e não é bem assim.
   Meu amigo Pedro Coelho hoje, num papo sobre o assunto, fez a seguinte colocação "Existem 3 tipos de pessoas que participam desses eventos, as primeiras, comprometidas com a causa e decididas a mudar as coisas; as segundas, influenciadas pelas pessoas comprometidas que resolveram abraçar a ideia também e as terceiras, chamadas "modinhas" que só fazem parte para aparecer, para ver o circo pegar fogo." São essas últimas, que muitas vezes não sabem se portar nessas ocorrências, tiram proveito das marchas pra realizar assaltos, praticar vandalismo, agredir as pessoas, enfim. E essas pessoas, precisam ser detidas (não agredidas, como a polícia fez). A questão é que se forem detidas, sempre vai ter um ignorante desinformado que vai afirmar que o Brasil voltou a ser ditadura, reprimindo o povo, sem pensar no motivo da detenção e nas ações da pessoa detida.
   O que eu quero dizer é, que não dá pra generalizar. Então antes de repassar, criticar, argumentar, pensem! Não defendo o governo, nem a Dilma, nem o PT. Defendo quem pensa. Quem reflete antes de reproduzir informações sem compreendê-las e sem saber da veracidade delas. Quem se informa de verdade e sabe do que fala. Defendo quem vai atrás e luta pelo que quer verdadeiramente e não só por entrar na onda da galera. Também defendo quem não se manifesta por não acreditar nestes meios como solução, ninguém é obrigado a sair de casa e revolucionar, ainda os considero melhores dos que vão pela "zoeira" achando que é tudo uma brincadeira.
  Por fim, admiro quem PENSA e faz bom uso das redes sociais. Lembrando que é melhor não falar nada do que falar besteira.






Uma luz para a liberdade - Detentos pedalam em bicicletas geradoras de energia elétrica e reduzem suas penas

    Não é novidade que o Brasil, ao tratar-se do sistema carcerário, encontra-se em extrema perplexidade onde, de um lado, há crescimento significativo da violência e o apelo pela intensificação da pena, enquanto de outro, há super lotação e precariedade.
   Segundo dados do IBGE, em 2009 foram registrados mais de 469 mil detentos nas prisões do país, enquanto o sistema apresentava um déficit de 170 mil vagas, o que mostra de forma expressiva o problema da super lotação.
    Vários fatores contribuíram para que o caos fosse estabelecido nas prisões, os principais se referem ao abandono, falta de investimento e descaso do poder público ao longo dos anos. O que preocupa é o fato de que a prisão, que tinha como ideia inicial ser um instrumento substituivo da pena de morte, torturas públicas e cruéis, a fim de “recuperar” o preso para a sociedade, acaba tornando-se uma escola para o aperfeiçoamento criminal, além de ser caracterizada por um ambiente degradante e horroroso. 
    Com a intenção de mudar a situação, o juiz José Henrique Mallmann, inspirando em iniciativas internacionais, implantou no pátio do presídio de Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais, quatro bicicletas que convertem energia cinética em energia elétrica para os moradores da cidade.
   Batizado como “Uma luz para a liberdade” o projeto tem como objetivo, incentivar os presidiários a trabalharem em busca a liberdade. A cada 16 horas que passam em cima das bicicletas, 24 horas a menos terão de passar dentro do presídio.
    A energia gerada é armazenada em uma bateria e usada todas as noites para iluminar uma das principais praças da cidade. Assim que há energia suficiente acumulada, um aparelho instalado no guidão das bicicletas indica que é hora de parar, suspendendo o trabalho até o dia seguinte.
   Um dia inteiro de pedaladas corresponde a energia para acender seis lâmpadas, mas assim que o presídio tiver dez bicicletas funcionando, acredita-se que haverá carga o suficiente pra iluminar toda a avenida.
  “Eu estava barrigudinho, emagreci uns quatro quilos” Disse um dos detentos. Segundo o diretor do presídio, Gilson Silva, os presidiários se sentem úteis pedalando, ganhando remissão e produzindo energia sustentável.
   Não é de um dia para o outro que grandes mudanças e melhorias serão efetuadas, mas, se projetos como esses, fossem levados adiante e adotados por diversos outros presídios, com certeza a situação não continuaria exatamente a mesma. 

   Saiba mais clicando aqui: EM

Russos cogitam extermínio de cães e gatos abandonados para "limpeza" de cidade

   Com o propósito de “deixar o local mais limpo” para receber os Jogos Olímpicos de Inverno que acontecerão em fevereiro de 2014, a prefeitura da cidade de Sochi, localizada às marges do Mar Negro, anunciou que pretende exterminar os mais de dois mil cães e gatos que vivem abandonados nas ruas do município. 
    Sem dó, nem piedade, o governo chegou a abrir licitação para a escolha da empresa que fará o serviço de “limpeza”; Porém, a medida foi altamente criticada por ativistas dos direitos dos animais e pela população, inclusive através de manifestações nas ruas, assim nenhuma empresa teve coragem de se candidatar a realizar o extermínio. 
   Após ser apelidada de “cidade de coração frio” a prefeitura tentou se justificar, dizendo que não tratava-se de uma questão de crueldade, mas sim, necessidade e tentou se justificar dizendo que não pode fazer feio para mundo durante os jogos. Claro que, a desculpa não convenceu os protetores dos animais e levou o governo a suspender a licitação. Ainda bem! 
   A quantidade de animais abandonados nas ruas, não somente da Rússia, mas de muitas outras cidades do mundo é tão grande, que o problema já virou questão de saúde pública e preocupa as autoridades. 
  Segundo os ativistas, ao invés de convidar as empresas a matar os cães e gatos de rua, a prefeitura deveria construir abrigos para os animais na cidade e abrir uma licitação para o serviço de castração dos bichos. Muito melhor, não?

Contêineres marítimos viram estufas na Europa

 
  Instaladas em Zurique, Bruxelas e Berlim (Suíça, Bélgica e Alemanha, respectivamente) e criadas pelo designer Damien Chivialli, as estufas têm o objetivo de “repensar as cidades, a produção e o consumo de comida.” 
     O Urban Farm Unites (Unidades em Fazendas Urbanas) traz como ideia principal promover a produção de alimentos localmente e reduzir as distâncias que os produtos percorrem entre o produtor e o consumidor. 
     Com a ajuda de recipientes de dois metros cúbicos de água em que as bactérias transformam resíduos de peixe em minerais para agir como fertilizante natural, as plantas desenvolvem. Deslocadas com facilidade, as estufas possuem estrutura adequada para a entrada de luz solar. 
   No Brasil, o Coletivo de Agricultores Urbanos deu início a um abaixo-assinado com proposta de implantar pelo menos uma horta comunitária em cada bairro de São Paulo, além de hortas composteiras em parques, escolas municipais e Unidades Básicas de Saúde. Será que procede?

Em 20 anos, chocolate será raridade vendida a "preço de ouro"

     A produção do cacau que proporciona aos chocólatras o prazer de degustar do delicioso chocolate encontra-se em crise. A demanda por chocolate é muito maior do que a quantidade de cacau cultivada no planeta. O cultivo da planta, não facilita a situação, já que esta só se desenvolve em regiões quentes, entre os 10 graus de latitude ao norte e ao sul do Equador. 
     Apesar de países como Brasil e México plantarem cacau, as três nações que lideram a produção (Costa do Marfim, Gana e Indonésia) sofrem com guerras civis e desastres naturais. Além de problemas externos ao cultivo de cacau, há os agravantes estruturais, o solo nesta região da África encontra-se empobrecido e os trabalhadores das fazendas recebem apesar 3 centavos por cada barra de 60 centavos vendida na Inglaterra. O cultivo de cacau é tão difícil, que não compensa por tão pouco salário, por isso, os filhos dos trabalhadores das fazendas de cacau estão desestimulados a seguir a profissão dos pais. 
     Para agravar ainda mais a situação, o número de apreciadores de chocolate cresce a cada dia graças a expansão do mercado para outros países onde não se costuma comer chocolate, como a Índia e a China. 
     Com o intuito de resolver o impasse, pesquisadores estão desenvolvendo cacaueiros que possam crescer em regiões mais frias e investindo em iniciativas para aumentar o pagamento dos produtores de cacau. 
     Ainda é possível “salvar” o chocolate, mas é inevitável que se torne cada vez mais caro, já vou juntar minhas economias...

Via Popsci

Pulmão não é o único afetado com cigarros - Tabagismo prejudica o cérebro e aumenta risco de demência

    Ao contrário do que se pensa, não é apenas o pulmão que perde quando se acende um cigarro. Segundo dados de pesquisa realizada pela Universidade King's College, em London, os fumantes sofrem mais na hora de aprender coisas novas, memorizar e raciocinar. 
    Mais 8,8 mil pessoas foram convidadas para os testes e nestes, tiveram de memorizar novas palavras e nomes, ou citar a maior quantidade possível de animais em um minuto. Eles refizeram as atividades quatro e oito anos depois. Com os resultados, foi possível concluir que os fumantes foram mais prejudicados do que os não fumantes. Fatores como obesidade e pressão alta, também atrapalham a capacidade cognitiva do cérebro, porém não chegam a prejudicar tanto quanto o cigarro. 
  "Pesquisas anteriores já relacionaram tabagismo e hipertensão arterial a um maior risco de declínio cognitivo e demência” diz Dr. Simom Ridley, da Alzheimer Research do Reino Unido.

Via BBC UK

Distrações podem ser aliadas de boas decisões

     Segundo pesquisa realizada por psicólogos americanos, a melhor maneira de tomar uma boa decisão é “desencanar”. Reservar um tempo pra ouvir uma boa música, assistir a um filme e ocupar a mente com algo legal, é o que pode definir uma boa escolha. 
     O estudo foi concluído após dividir 27 pessoas em três grupos, onde descreveram as características de quatro carros. O primeiro grupo, deveria escolher na hora qual a melhor opção, o segundo, teve que pesar os prós e contras antes de decidir e o terceiro, ao invés de focar na decisão, realizar alguns exercícios de memorização. Os resultados mostraram que o grupo de distraídos, tomou a decisão mais sábia. 
     Durante todo o teste, os voluntários passaram por exames de ressonância magnética e foi assim que os pesquisadores descobriram que, mesmo quando se está distraído, parte do cérebro responsável pelo aprendizado de novas informações, continua ativa por mais uns 2 minutos. Assim, inconscientemente, o indivíduo ainda analisa qual decisão deve tomar. 
    A grande vantagem é que o inconsciente age de forma mais eficiente na hora de fazer a análise de todos os detalhes da situação. É o que diz David Creswell, líder da pesquisa “Sua mente consciente tem uma capacidade mais restrita - só pode pensar em algumas características de uma vez. Mas seu inconsciente não tem essa restrição e consegue pesar toda a informação relevante de uma vez, de forma mais eficaz”.

Via The Body Odd 

Pesquisa relaciona preconceito com baixo QI

    Estudos realizados pela Universidade de Ontario, no Canadá, revelam que pessoas menos inteligentes são mais conservadoras, preconceituas e racistas. A pesquisa, publicada na revista Psychological Science, mostra que crianças com baixo QI estão dispostas a realizar atitudes preconceituosas ao se tornarem adultas. 
  Apontando para um ciclo vicioso, os adultos com pouca inteligência se limitam à ideologias socialmente conservadoras e resistentes à mudança, assim, acabam desenvolvendo preconceito. Segundo o estudo, as pessoas menos inteligentes são atraídas por ideologias que oferecem estrutura e ordem, o que proporciona conforto para entender um mundo complicado. 
  O pesquisador chefe do estudo, Gordon Hodson, informa que apesar da conclusão, não se pode generalizar já que a pesquisa é um estudo de médias de grandes grupos. Nem todos os liberais são brilhantes e nem todos os conservadores são estúpidos. 


Dispositivo desenvolvido por jovem de 19 anos promete retirar lixo plástico dos oceanos

    Já é de se saber que o descarte inadequado do lixo plástico prejudica os animais marinhos, os pássaros e claro, a humanidade. Só pra constar, existem mais de quatro milhões de toneladas de garrafas e embalagens acumuladas no meio do oceano Pacífico, estas, formam um amontoado de 700 mil km², o que equivale a duas vezes o estado de São Paulo. Com o objetivo de reverter a situação, encontra-se o estudante holandês Boyan Slat, que desenvolveu um protótipo de uma raia-robô capaz de retirar os resíduos plásticos das águas. 
   O projeto premiado com o melhor Desenho Técnico de 2012, na Universidade de Tecnologia de Delft, na Holanda, funcionaria como um funil, atraindo a sujeira para o ângulo formado por suas hastes e encaminharia para suas plataformas de processamento, onde o lixo seria filtrado, separado do plâncton e armazenado para reciclagem. Além disso, o dispositivo seria capaz de analisar a quantidade e o tamanho das partículas de plásticos presentes nas manchas de sujeira do oceano. 
    Pretendendo minimizar os impactos ambientais da máquina, uma equipe formada por 50 engenheiros, tem a intenção de utilizar placas solares e aproveitar a força das ondas e das correntes marítimas para gerar a energia necessária para o funcionamento do sistema. 
    Apesar de ainda não ter data para lançamento, o aparelho promete extrair 7 250 000 toneladas de plástico dos oceanos em apenas cinco anos, segundo Slat, em seu site.



Suecos expõem bebês em frio abaixo de zero na hora da soneca

Carrinhos no lado de fora de cafés
são comuns nos países
nórdicos no inverno
    Por mais esquisito que pareça, é comum deparar-se com carrinhos de bebês enfileirados em pleno inverno nas ruas de Estocolmo, na Suécia. A exposição das crianças, agasalhadas e protegidas, em meio a temperaturas negativas e muita neve, não é hábito recente em países da Escandinávia. 
    O que há por trás da prática é a ideia de que crianças expostas ao frio desde cedo, acabam tendo menor probabilidade de contração de gripes e doenças típicas do inverno. Outra vantagem, dá-se ao fato das crianças terem sono mais longo ao dormirem fora de casa, que segundo a pesquisadora finlandesa Marjo Tourola, chega a ser de 30 minutos a uma hora a mais, em geral . “Provavelmente a restrição de movimentos por causa das roupas aumenta o tempo de sono” afirma. 
    De acordo com a pediatra Margareta Blennow, não há consenso científico a respeito, mas para Martin Jarnstrom, diretor de uma rede de jardins de infância, a prática faz bem as crianças desde que sejam bem aquecidas. A base de seu argumento dá-se com um famoso ditado sueco “Não existe mau tempo. O que existe são roupas ruins.”

Via BBC News

Éramos jovens na guerra - Livro relata experiências de jovens durante a Segunda Guerra Mundial

Capa do livro de Sarah Wallis e Svetlana
Palmer, publicado em janeiro de 2013
    Com a Segunda Guerra Mundial, o contexto de violência penetrou na consciência e nas palavras de centenas de jovens. “Éramos jovens na guerra” escrito em parceria da americana Sarah Wallis e a russa Svetlana Palmer, radicadas na Inglaterra, é o fruto de pesquisas realizadas durante dez anos, reunidas em um único volume, compostas por trechos de cartas e diários de 16 adolescentes. Às vezes, em lados opostos do evento, os jovens escrevem de maneira direta e persuasiva sobre suas impressões e pontos de vistas. 
   Os textos trazem um relato do conflito no dia a dia das pessoas, geralmente longe dos campos de batalha, apesar das visões diferentes de cada jovem, há algo em comum: medo e sofrimento. Alemães, russos, ingleses, franceses, poloneses, americanos e japoneses, ambos tiveram que lidar com violência, fome, dor, saudade e desesperança. 
   É interessante a análise dos diários de soldados, que no início, encontravam-se orgulhosos de suas fardas e armas e com o decorrer do tempo, acabam abrindo os olhos e encontrando estupidez em um confronto sem sentido.
     Dos 16 que tem seus textos inseridos no livro, apenas três dos jovens sobreviveram até o fim da guerra, o que fez com que algumas versões fossem interrompidas, ficando sem conclusão. 
   Seguem trechos de três autores que revelam o efeito da guerra sobre cada um. Enquanto Yura Ryabinkin, 15 anos, adoece, passa fome e vê sua família receber apenas uma fração diária de pão, a francesa Michele Singer, 17 anos, tem tranquilidade para admirar os soldados que entram em seu país. Vasily Baranov, de 18 anos, agredido e escravizado em um capo de concentração, relata sua experiência e emociona. 

Tão fraco que mal consigo me mexer. Mamãe diz que meu rosto começou a inchar. É tudo por causa da falta de comida. Eu não cuido muito bem de mim. Durmo vestido, lavo um pouco o rosto pela manhã, deixei de lavar as mãos com sabão, não mudo a roupa. Toda noite eu vou dormir e sonho com pão, manteiga, ervilhas e batatas. Só consigo pensar que, quando acabar a noite, daqui a 12 horas, receberei minha ração de pão. Fiquei mais fraco, minha mão treme quando escrevo. Meus joelhos estão tão fracos que eu não consigo dar um passo sem cair.
23 de outubro de 1941, YURA, 15 anos, russo.

Tem um oficialzinho italiano realmente adorável hospedado no hotel. Pensei nele a noite toda. Ainda não conversei com ele e de repente fiquei me perguntando: por que não? Eu sempre achei que meu primeiro amor seria um piloto inglês, este oferece o prazer adicional de ser uma surpresa e fazer rolar por terra todas as minhas teorias. Ele parece tão triste, com seus lindos olhos azuis. Minha imaginação desembestou, e tenho sonhado com os planos mais estapafúrdios para dar um jeito de conhecê-lo.
6 de agosto de 1943, MICHELINE, 17 anos, francesa.

Dois de nós recebemos um tapa na cara e fui me deitar rangendo os dentes de dor. Eles estão sempre rindo de nós, acham que somos sujos e incultos. O capataz espancou um sujeito porque assoou o nariz no chão. Sua risada e suas zombarias estão me matando. Estou começando a me detestar e a me perguntar se sou realmente um porco, como eles dizem. Só queria estar de volta a minha boa e velha casa, junto aos dois salgueiros e ao lindo e frondoso álamo. Nunca mais voltarei a ver minha casa, nem mesmo haverá um corvo que leve para lá os meus ossos.
5 de setembro de 1943, VASILY, 18 anos, russo.

Até onde vai sua curiosidade? Alemão distribui entradas USB em muros de Nova York

   Qual seria sua reação ao se deparar com um USB deslocado no meio da rua? A curiosidade sobre o que pode estar contido dentro destes objetos é o que tem despertado curiosos que cruzam pelos locais. Espalhados pelo artista alemão Aram Bartholl, os "pen drives" encontram-se em muros, postes de luz e meio fios de Nova York, incentivando a troca de arquivos entre pessoas desconhecidas. 
   O que deixa a iniciativa ainda mais interessante, é o fato do nome do projeto “Dead Drops” ter base em uma antiga operação de detetives para o intercâmbio de informações. A interação é simples, basta conectar o laptop, mp3 ou qualquer outra porta USB à entrada para a transferência de arquivos. 
  Apesar de correr o risco de contrair vírus para o seu aparelho, já que nada impede que alguém mal intencionado deposite arquivos carregados no pen drive, as pessoas que cruzam pelos espaços onde se encontram os objetos têm parecido aprovar a ideia e além de ver o que tem no material, têm deixado recados sobre o local da instalação, músicas, fotos e até mesmo mensagens codificadas. 
    E você? Arriscaria conectar seu aparelho?
   

Tempo de despertar - Filme traz tocante história verídica sobre experiência de neurologista no tratamento de pacientes crônicos

     Baseado na experiência do neurologista, biólogo, escritor e químico amador Oliver Wolf Sacks, descrita no livro Awakenings (1973), o filme relata a história do médico pesquisador que acaba tendo que trabalhar na ala de doenças crônicas em um hospital neurológico em Brox, no ano de 1969. 
Capa do filme lançado em 1990,
 nomeado em diversas
premiações.
    No filme, o neurologista é interpretado por Robin Williams e leva o nome de Malcom Sayer, que em seu primeiro dia no hospital, se depara com pacientes aparentemente catatônicos, porém, diferentemente dos outros médicos, Dr. Sayer acredita que todos encontram-se “adormecidos” e começa a desenvolver estímulos para os pacientes. 
    Apaixonado pela pesquisa, o tímido neurologista investiga os casos e descobre a encefalite letárgica no histórico de todos os pacientes e resolve tratá-los com a droga recém desenvolvida na época, L-DOPA, feita especificamente para pacientes com Mal de Parkinson.
     Ao levar o assunto ao diretor do hospital, Dr. Sayer tem que fazer a escolha de medicar apenas um paciente ao tratamento. Sem exitar, o médico escolhe o paciente Leonard Lowe (Robert de Niro) que para a surpresa de todos, responde ao tratamento e se recupera, encorajando o médico a administrar L-DOPA no restante dos pacientes. Imediatamente, os pacientes "despertam" e mostram-se ansiosos em recuperar o tempo perdido. Porém, infelizmente, Lowe passa a apresentar estranhos e perigosos efeitos colaterais, o que preocupa Dr. Sayer e os portadores da doença que recebem dosagem da droga. 
Robin Williams (Dr. Sayer) e Robert de Niro (Leonard Lowe).
      Além de mostrar parte da experiência médica, o filme, de maneira profundamente tocante, traz uma mensagem capaz de levar a reflexões sobre o aproveitamento do tempo e a valorização da vida, recebendo nomeações para três Academy Awards, incluindo melhor imagem, melhor adaptação e melhor ator, para Robert De Niro. Robin Williams também foi nomeado para o 48º Golden Globe Awards para melhor ator em filme de drama. 
     Conhecida também como “doença do sono”, a encefalite letárgica virou epidemia depois da Primeira Guerra Mundial principalmente na Europa e na América do Norte, afetando cerca de um milhão de pessoas, levando a morte, quase metade delas. Durante décadas, os doentes encontravam-se entre o sono profundo e um estadio de vigília entorpecido. A doença é uma forma atípica de encefalite onde as causas são desconhecidas e provoca letargia e tremores o que é chamado de parkinsonismo pós encefalítico. Além disso, é notável a presença de sintomas como movimentos anormais do globo ocular, perda de fala, atrofia muscular, catatonia e psicose.
     Confira trecho do filme clicando aqui 

Pornô panda pode ser solução contra extinção da espécie


     Pré dispostos a encantar o coração humano e servir de modelo para ursinhos de pelúcia, os simpáticos pandas encontram-se em ameaça de extinção devido ao seu problema particular com o sexo, ou melhor dizendo, a falta dele. 
    A fisiologia e o comportamento destes animais contribui para um ciclo reprodutivo pouco eficiente, considerando que o período fértil das fêmeas dura apenas 72 horas por ano e neste intervalo de tempo, elas só estão realmente férteis por um período entre 12 e 24 horas. O curto espaço de tempo não contribui para a reprodução, já que os grupos familiares da espécie encontram-se isolados em bolsões de floresta nas montanhas do sudoeste da China, bem distante uns dos outros. Por isso, acreditou-se que os problemas de desencontros poderiam ser solucionados em cativeiros, porém, pesquisadores relataram que os pandas parecem muito mais dispostos a guerra dos sexos do que ao amor.
Sessão cinema da fêmea Ke Lin
  A situação preocupa os cientistas já que exemplares dos mamíferos, incluídos na lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), encontram-se atualmente em pouco mais de dois mil, em todo o mundo.
    Depois de diversas tentativas frustradas de fazer o casal de pandas Ke Lin e Yong Yong se acasalarem, os chineses do Chengdu Research base of Giant Panda Breeding - centro chinês de pesquisa e reprodução da espécie - resolveram apelar pelo estímulo gerado por filmes pornô. 
    O mais cômico de tudo isso é que a fêmea Ke Lin, que até então rejeitava o namorado que haviam escolhido para ela, resolveu ceder às investidas de Yong Yong, após assistir vídeos de outros pandas se acasalando.
    Agora com a descoberta, é melhor apertar o play e esperar que o filme seja bom!


Falar sozinho é aproveitar melhor o tempo

“Uma vantagem em falar consigo mesmo é ter a certeza de que pelo menos há alguém ouvindo” Franklin P. Jones. 

Brick Heck, personagem da série americana
The Middle, tem o costume
de falar consigo mesmo o tempo todo.
    Há quem negue e condene quem o faça, mas falar sozinho, encontra-se entre um dos hábitos involuntários mais comuns entre os seres humanos. Pesquisas anteriores, sugerem que palavras direcionadas a crianças podem ajudá-las a guiar seu comportamento, por exemplo, na hora de amarrar seus cardaços, repetir o que tem que ser feito passo a passo, pela própria criança enquanto o faz, a auxilia na execução da tarefa e a mantém em foco para executá-la com sucesso. 
    Estudos como esses, inspiraram os psicólogos americanos Gary Lupyan e Daniel Swingley a pesquisarem sobre o efeito deste hábito na vida dos adultos, considerando que ambos já haviam observado que as pessoas adultas costumam murmurar sozinhas enquanto procuram por algum objeto. Buscando saber se realmente há alguma utilidade nisto, foram realizados testes capazes de responder a questão. 
    Um dos experimentos consistia em mostrar a voluntários 20 fotos de diversos objetos que deveriam encontrar em particular. Logo, esses mesmos voluntários deveriam fazer a busca enquanto repetiam o nome do objeto para si mesmos. E o resultado, surpreendeu, enquanto falavam o nome do objeto, encontravam os objetos com mais rapidez. É importante considerar que a repetição só auxiliava quando o objeto já era familiar ao indivíduo, porque assim, segundo Lupyan, “sabendo que as bananas são amarelas e têm determinado formato, ao repetir 'banana' você estará ativando essas propriedades visuais no cérebro para ajudá-lo a encontrá-las.” 
     Ainda restam pesquisas que analisarão a atividade cerebral das pessoas enquanto esses experimentos são realizados, para que assim, seja compreendido realmente como funciona dentro do cérebro. O que importa é que agora, há uma justificativa para o que pra muitos parece loucura - funciona! 



Conheça Jeff Buckley - Aclamado por fãs e artistas, sua obra continua inspirando músicos ao redor do mundo

Jeffrey Scott Buckley, (17 de novembro de 1966 -
26 de maio de 1997)
"I love anything that haunts me and never leaves" (Jeff Buckley)

  Considerado pelos críticos uma das mais promissores revelações musicais de sua época, o cantor, compositor e guitarrista norte-americano, Jeff Buckley fez da música sua vida. 
   Um dos principais problemas encontrados pelo músico em sua trajetória foi a comparação com o pai, claramente notável no show tributo a ele, onde conheceu Gary Lucas, ex guitarrista da banda Captain Beefheart, com quem formou a banda Gods and Monsters e realizou performances ao vivo, até decidir abandonar o projeto e seguir carreira solo. 
    Foi em 1992 que Jeff Buckley assinou com a Columbia Records e gravou seu primeiro e único álbum solo em estúdio. O álbum Grace, contém uma das versões mais populares da música “Hallelujah” de Leonard Cohen e é caracterizado pela voz única de Buckley, combinada com melodias leves e letras tocantes e sentimentais. 
   Assim que lançado o álbum, em 1994, artistas como Paul McCartney e Chris Cornell realizaram excelentes críticas a respeito da obra e do cantor, assim como Bono Vox “Jeff Buckley é uma gota cristalina num oceano de ruídos.” Ao contrário da expectativa, a longa turnê de 2 anos do álbum não vendeu muito bem, já que a música de Buckley era considerada leve demais para as rádios alternativas e pouco comercial para rádios FM. 
Capa do filme Greeting from
Tim Buckley, lançado em 2012.
    Baseado na vida da lenda, foi lançado em 2012, o filme Greeting with Tim Buckley (Saudações a Tim Buckley, em português), dirigido por Daniel Algrant e estrelado por Penn Badgley, que relata a jornada do cantor. “Sensível, filme de excelente elenco sobre pai e filho músicos onde emoção e música encontram-se perfeitas” disse Deborah Young, do The Hollywood Reporter, que também acrescentou elogios aos Penn Badgley (intérprete de Jeff Buckley) destacando sua “forte presença na tela” e “energia sedutora”. Os elogios a Badgley foram completados pela Rolling Stone que afirma que o ator faz “uma impressionante transformação como Jeff”. Confira o trailer do filme clicando aqui.
   Ainda que ausente fisicamente, Buckley continua conquistando milhares de fãs e recebendo crédito por influenciar artistas como Radiohead, Coldplay e Muse.



Coldplay lidera ranking de melhor álbum de todos os tempos com A Rush Of Blood To The Head

Capa do álbum A RUSH OF BLOOD
TO THE HEAD, lançado em 2002
     Vencedor do Grammy para Melhor Álbum de Música Alternativa, o álbum A Rush of Blood to the Head é o segundo álbum de estúdio da banda inglesa Coldplay. Lançado em 26 de agosto de 2002, no Reino Unido, ficou em número um em pesquisa realizada pela rádio BBC, divulgada em 1º de abril, que buscava o melhor álbum de todos os tempos. O disco traz alguns dos principais hits do grupo como “The scientist”, “In my place” e “Clocks” que foi eleita, também pelos ouvintes da rádio, a melhor música de banda alternativa dos últimos dez anos. 
     É claro que, o fato do álbum levar o topo, desbancando clássicos como The Dark Side Of The Moon (1973) levantou críticos de todos os cantos, gerando muitos comentários no twitter. “Vou considerar que as escolhas de Coldplay e Keane (segundo colocado no ranking) pela rádio BBC para os dois melhores álbuns já gravados, fazem parte da diversão do primeiro de abril” consta entre os tweets mais retweetados. 
Agradecimento da banda no twitter
     Aos amantes do clássico rock, a escolha foi extremamente infeliz, já que o topo foi dado a duas bandas dos anos 2000, enquanto os clássicos, ficaram lá em baixo. Porém, aos fãs da banda, o topo foi merecido já que o álbum é considerado, entre a maioria deles, o melhor do grupo. 
    Quando questionado sobre o próximo álbum, que encontra-se em desenvolvimento já que a banda anunciou recesso em turnê para a sua produção, o baterista do Coldplay, Will Champion declarou "Vamos trilhar essa linha com muito cuidado. Redefinir. Recalibrar." Torce-se para que essa recalibragem seja positiva, já que depois que o grupo resolveu "redefinir" nos últimos três álbuns, cometeu o erro de muitas outras bandas, abandonando o estilo inicial, que era fantástico e voltando-se para o pop comercial, o que desagrada centenas de fãs. 
    Apesar da eleição de um álbum, lançado a mais de uma década atrás, ser uma referência de que a banda não lançou sucessos passageiros e ainda é lembrado pela sua boa música, me pego pensando em como seriam os álbuns recentes se a essência tivesse sido mantida. Talvez fariam parte também, do topo de centenas de rankings. 
    Confira aqui a música Politik, primeira música do álbum eleito, abertura do DVD LIVE 2003, lançado pela banda no Brasil, em 2004.

Integrantes do Coldplay (da direita a esquerda)
Jonny Buckland (guitarra), Will Champion (bateria),
Chris Martin (vocal, piano, guittara violão) e
Guy Berryman (baixo).
    TOP 10 BBC RADIO'2
1. Coldplay – A Rush Of Blood To The Head (2002)
2. Keane – Hopes and Fears (2004)
3. Duran Duran – Rio (1982)
4. Pink Floyd – The Dark Side Of The Moon (1973)
5. Dido – No Angel (1999)
6. The Rolling Stones – Sticky Fingers (1971)
7. The Pet Shop Boys – Actually (1987)
8. The Beatles – Sgt Pepper’s Lonely Hearts Club Band (1967)
9. U2 – The Joshua Tree (1987)
10. Queen – A Night At The Opera (1975)

  

Crianças entediadas são mais criativas

       Com o passar dos anos, tornou-se cada vez mais comum a busca de atividades extracurriculares pelos pais para seus filhos. Hoje em dia, a rotina de muitas crianças, além das aulas na escola, inclui atividades extras como aulas de inglês, ballet, futsal, entre outras, que acabam por ocupar grande parte da rotina dos pequenos, restando pouco tempo livre em suas agendas. O que, muitos ainda não sabem, é que os horários sempre preenchidos podem prejudicar a imaginação destas crianças. 
     Assim, a pesquisadora reconhecida na Universidade East Anglia, na Grã-Bretanha, Teresa Belton, desenvolveu uma pesquisa que a habilitou a afirmar que a expectativa cultural de que as crianças estejam sempre ativas pode atrapalhar o desenvolvimento da sua imaginação. 
Sua pesquisa conta com relatos da escritora, comediante e jornalista Meera Syal, famosa comediante da Grã-Bretanha e do artista plástico que já expôs inclusive no Museu Britânico em Londres, Graysson Perry. Syal afirmou que o tédio estimulou sua vontade de escrever enquanto Perry disse que era um estado criativo para ele. 
"A solidão imposta como uma
página em branco foi um ótimo estímulo"
afirma Syal, protagonista da pesquisa.
     Após análise das memórias de Syal, crescida numa pequena vila de mineiros, onde não havia muito o que se fazer, Belton afirmou que “A ausência de coisas pra fazer a motivou, a gastar horas do dia a falar com outras pessoas e a tentar outras atividades que em outras circunstâncias ela jamais teria experimentado, como interagir com os mais velhos e vizinhos e aprender a fazer bolos. [...] O mais importante foi que o tédio a fez escrever. Ela mantinha um diário desde pequena o qual preenchia com observações, pequenas histórias, poemas e críticas. Ela atribuiu a esta fase, seus primeiros passos como a escritora que se tornaria mais tarde.” 
     Também especialista no impacto das emoções no comportamento e aprendizado, a pesquisadora afirma que o tédio por ser um sentimento desconfortável e por isso a sociedade desenvolveu uma expectativa de ser constantemente desocupada e estimulada. Acrescentando que a criatividade envolve ser capaz de desenvolver um estímulo interno, assim, a natureza estimula um vácuo que tentamos preencher. 
     Estudos realizados sobre do impacto da televisão e vídeos na escrita das crianças, permitiram a Belton afirmar que quando os pequenos não têm nada para fazer, imediatamente voltam-se para a TV, computador, celular ou algum tipo de aparelho com tela. Mas, na verdade, as crianças precisam ter um tempo para parar e pensar, imaginando que eles possuem seus próprios processos de pensamento e assimilação, por meio de experiências com brincadeiras ou apenas observando o mundo ao seu redor. 
     O fim do estudo traz a seguinte conclusão da pesquisadora: "Para o bem da criatividade, talvez devamos diminuir nosso ritmo e ficar offline de tempos em tempos."